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A técnica retrofit trata-se de um procedimento cujo objetivo é restaurar edifícios antigos de maneira a preservar sua estrutura original, e ao mesmo tempo em que transforma sua fachada dando mais valor ao imóvel com um design mais moderno e funcional, alinhado às demandas atuais do mercado.
Diversos fatores têm contribuído para o surgimento do retrofit: a escassez de terrenos em localizações valorizadas, já ocupados por construções antigas; regulamentações que colocam obstáculos à utilização de edifícios tombados; e a mudança nas preferências de habitação, que tem notavelmente influenciado a arquitetura dos projetos imobiliários.
Em vez de demolir um edifício antigo, o retrofit viabiliza sua completa transformação, permitindo inclusive a alteração de sua finalidade, como de residencial para comercial. Essa abordagem confere vantagens significativas em termos de tempo e, frequentemente, de recursos para as empresas incorporadoras, já que elimina uma série de demandas associadas às fases de construção. Esse processo de reutilização no setor imobiliário tornou-se uma tendência na construção civil de várias cidades brasileiras. Em São Paulo, por exemplo, um programa especializado foi estabelecido para regulamentar tal prática: a Lei do Retrofit. Há dois anos, a prefeitura tem oferecido incentivos fiscais às incorporadoras interessadas em converter edifícios para fins residenciais ou mistos de alta qualidade, com o intuito de acelerar a revitalização das regiões urbanas em declínio.
O que hoje se vê em destaque no Brasil já é uma realidade em muitas cidades europeias, onde a renovação de construções centenárias é parte integral do cenário do mercado imobiliário.
Esse modelo demonstra sustentabilidade ao aproveitar a estrutura já existente e evitar a geração adicional de resíduos provenientes da construção.
Fonte: Revista Veja Online – em: https://veja.abril.com.br/coluna/real-estate/retrofit-o-sucesso-da-tecnica-que-recupera-e-valoriza-imoveis-antigos/
